O Met Gala 2025: Dandismo em Alta no Tapete Vermelho
O Met Gala 2025, realizado em 5 de maio no Metropolitan Museum of Art, consolidou-se como um verdadeiro marco na moda contemporânea. Com o tema “Superfine: Tailoring Black Style”, o evento homenageou o dandismo negro e destacou, de maneira enfática, a influência da alfaiataria na construção das identidades negras. A exposição, inspirada no livro Slaves to Fashion, de Monica L. Miller, mostrou como a moda tem servido — historicamente — como forma de resistência e expressão cultural. Nesse contexto, o evento reforçou a importância da moda como ferramenta política.
Met Gala sempre com um Significado Profundo
Mais do que uma simples escolha estética, o tema “Superfine: Tailoring Black Style” refletiu um posicionamento político claro. A curadoria, por sua vez, concentrou-se na figura do dândi negro, explorando como a alfaiataria tem desafiado estereótipos e afirmado a identidade negra ao longo dos séculos. Além disso, essa abordagem trouxe à tona questões raciais e históricas frequentemente ignoradas nas grandes passarelas. Notavelmente, foi a primeira vez em mais de duas décadas que o Costume Institute dedicou uma exposição inteiramente à moda masculina, o que reforça, ainda mais, a relevância e a originalidade do tema escolhido.
Dress Code: “Tailored for You”
Sob o código de vestimenta “Tailored for You”, os convidados receberam o incentivo para reinterpretar a alfaiataria de forma pessoal e criativa. Como resultado, o tapete vermelho apresentou uma impressionante diversidade de estilos, refletindo a riqueza da moda negra contemporânea. Por exemplo, Rihanna anunciou sua terceira gravidez com um conjunto ousado de Marc Jacobs. Em contraste, Zendaya apostou em um visual mais contido da Louis Vuitton, complementado por um chapéu de presença marcante. Ambas, no entanto, demonstraram como o tema permitiu liberdade estética sem perder a coerência com o conceito central do evento.
Destaques e Momentos Memoráveis do Met Gala 2025
O evento reuniu uma constelação de celebridades que abraçaram o tema com entusiasmo e sofisticação. Colman Domingo, Stormzy e A$AP Rocky representaram com maestria o dandismo moderno, combinando elegância com atitude. Além disso, suas escolhas de vestuário reforçaram o papel da moda masculina como elemento de afirmação cultural e individualidade. Outro destaque curioso foi a presença de Demi Moore, que encantou os presentes ao surgir com seu chihuahua Pilaf — ambos vestidos com peças coordenadas da Thom Browne. Essa escolha evidenciou não apenas o cuidado com os detalhes, mas também a delicada relação entre moda, afeto e performance pública.
No entanto, nem tudo correu conforme o planejado. Durante um ajuste em seu espartilho de couro da Chrome Hearts, Kim Kardashian perdeu uma unha postiça. Apesar disso, ela manteve a postura e continuou a posar para os fotógrafos com naturalidade, provando mais uma vez sua experiência em lidar com os imprevistos sob os holofotes.
Conclusão
Mais do que um simples desfile de moda, o Met Gala 2025 reafirmou-se como uma celebração vibrante da cultura, identidade e resistência negra por meio da alfaiataria. Ao mesmo tempo, o evento conseguiu unir referências históricas com interpretações modernas e ousadas. Ao colocar o dandismo negro no centro das atenções, a organização criou espaço para discussões importantes sobre a interseção entre moda e política. Dessa forma, ao unir tradição e inovação, o Met Gala consolidou, mais uma vez, sua posição como um dos eventos mais influentes — e significativos — do universo fashion. Por fim, o tapete vermelho de 2025 não apenas refletiu tendências, mas também provocou reflexões.